quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Julia Henning - Apresentação

 

Olá a todos!

Eu sou Julia Henning, artista circense e estou matriculada na disciplina como aluna especial. Meu interesse na disciplina é me aproximar do universo acadêmico, o qual estou afastada há um tempinho. Ano passado fiz a matéria Poéticas em Cena com Fernando Vilar, mas antes disso eu estava distante desde 2011, quando finalizei uma pós-graduação em gestão cultural. Foi bem interessante voltar a estudar e a perspectiva da pesquisa me animou a pensar em tentar entrar no programa de pós-graduação em artes cênicas, talvez ano que vem.

Minha formação superior é em psicologia, cursada também na Universidade de Brasília. Gosto muito de psicologia e atuei na clínica até o início do ano passado quando não consegui mais conciliar com a minha carreira de artista circense. Enquanto estava na graduação pesquisei principalmente a psicanálise e suas relações com as artes, o corpo como representação social e o circo como ferramenta para a arte educação de jovens moradores de rua. 

Minha formação artística é livre e autônoma, focada na interdisciplinariedade. Desde 2001,  entrei em contato com diferentes áreas, por meio de artistas que marcaram bastante meu percurso como Thierry Trémouroux, Cia Finzi Pasca, Intrépida Trupe, Maria Delizier, Raquel Karro, Udi Grudi, Giselle Rodrigues, Édi Oliveira, Sandra Pasini, La Mínima, Duo Polinde e Yuri Sakalov.  Minha pesquisa artística é focada em acrobacia e dança aéreas, passando por investigações entre o teatro físico e contemporâneo, a dança e suas relações com o circo.  

Estou à frente do coletivo Instrumento de Ver, um coletivo de artistas independentes com formações e atuações diversas, com pesquisa e produção mas relações entre as artes do circo, dança, teatro contemporâneo, música, fotografia e vídeo, atuante no cenário cultural de Brasília desde 2002. Dentro do coletivo, além de artista, atuo na área de gestão cultural, defendendo a gestão criativa, sob o prisma de não dissociar o fazer artístico da gestão cultural.
coletivo Instrumento de Ver (foto de João Saenger)

A pesquisa do coletivo é utilizar o circo como uma arte corporal permeável à interferência de métodos explorados por outras artes. Essa reinvenção proporciona outras formas de criação e resulta em outras possibilidades artísticas, alimentando a arte contemporânea com diferentes combustíveis.

Participo de dois espetáculos que rodam bastante pelo Brasil: Meu Chapéu é o Céu, dirigido por Leo Sykes e O Que Me Toca é Meu Também, dirigido por Raquel Karro. Com estes espetáculos já participei dos principais festivais de Brasília, como Festival Internacional de Teatro Cena Contemporânea, Festival Mulher em Cena, Festival NOVADANÇA SESC FestClown, 1277 minutos – Festival de Arte Efêmera, Planeta Circo, Festival do Teatro Brasileiro, FestivalBrasília de Cultura Popular, dentre outros. Participei dos festivais nacionais: FIL – Festival Intercambio de Linguagens (RJ), Festival Paulista de Circo (SP), Semana de Teatro do Maranhão (MA) e internacionais: Festival Internacional de Circo do Rio de Janeiro (RJ), Festival de Circo do Brasil (PE), CIRCOS Festival SESC Internacional de Circo (SP) e no início deste ano fiz minha primeira apresentação internacional no Festival Pisteurs d’Etoile, França. 

Espetáculo O Que Me Toca é Meu Também (foto de João Saenger)

Também criei números de duo em tecido e em trapézio e participei como intérprete criadora em espetáculos efêmeros como Parabolé, Noite de Giz e Estudos para Uma Odisseia. 



Estudos para Uma Odisseia (foto de Joao Saenger)
Espetáculo O Que Me Toca é Meu Também (foto de João Saenger)


Espetáculo Meu Chapéu é o Céu (foto de João Saenger)

Número Tango (foto de João Saenger)

Ainda não fiz o recorte do tema que tenho interesse em pesquisar, mas penso bastante na relação do circo com as outras artes e na especificidade do circo contemporâneo como proposta de uma dramaturgia própria. Sei que é meio andar na contramão pensar em diferenciar uma área artística em época de fronteiras cada vez menos definidas entre as artes, mas como o circo flerta e sempre flertou com todas elas, talvez seja interessante partir de uma diferenciação. Estou pensando ainda nas possibilidades desse recorte.

Fico animada com a disciplina e com a troca entre artistas em um ambiente de produção de ideias. Estou aberta para diálogos  - acredito que podemos enriquecer muito a pesquisa uns dos outros.

Meus contatos:
Julia Henning
juliahcp@gmail.com
facebook.com/juliahcp
facebook.com/instrumentodever


 






Um comentário:

  1. Bem vinda, Julia! E parabéns pelos trabalhos. Espero que realmente o espaço da disciplina possa ser favorável aos intercâmbios.

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