quarta-feira, 30 de setembro de 2015



O que é A/R/TOGRAFIA?

Tenho encontrado em aulas e congressos, pesquisadores que trabalham com uma metodologia de pesquisa chamada de  a/r/tografia. Pude perceber em suas dissertações e teses uma forma mais envolvente de abordar o objeto investigado, selecionando imagens que não funcionam somente como  ilustrações e sim como um componente do texto, criando uma outra linguagem que amplia e aprofunda nossa compreensão.
A a/r/tografia, abreviação para A/rtista (Artist), P/esquisadora (Research) e P/rofessora( Teacher), funde estes três olhares e práticas criando um entre-lugar.  É uma Metodologia de Pesquisa Educacional Baseada em Arte (PEBA), proposta por professores pesquisadores da Faculdade de Educação da University of British Columbia, no Canadá.
O que achei interessante nesta metodologia, é que me parece um lugar onde a arte é legitimada como caminho de pesquisa e/ou o caminho da pesquisa é vivenciado como uma experiência artística. Ou seja, a arte é reconhecida como discurso em si e a pesquisa se constitui da aventura artística. Considerando aqui, aventura artística como um estado de  abertura para intuições, emoções, riscos, desvios, e impermanência.
De acordo com Belidson Dias, em seu artigo  "Uma epistemologia de fronteiras: minha tese de doutorado como um projeto a/r/tográfico", “ a a/r/tografia é uma forma de representação que privilegia tanto o texto (escrito) quanto a imagem (visual), quando eles encontram-se em momentos de mestiçagem ou hibridização. Ela oferece para o pesquisador e educador uma escala de métodos que permitem auxiliar os processos de questionamentos, reflexão, e fazer." E continua: " Os pesquisadores, envolvidos em desconstruir a escrita acadêmica dominante, desafiam a voz do observador acadêmico como possuidor de todo o conhecimento; exploram modos criativos de representação que reflitam a riqueza e a complexidade das amostras e dados de pesquisa, promovendo múltiplos níveis de envolvimento, que são, simultaneamente, cognitivos e emocionais. Desse modo, no contexto de ABER e ABR é mais importante o conceito de “vivificação” de Patti Lather do que o da provação e replicação positivistas."¹

¹ Arts-based Educational Research (ABER)

Para quem quer saber mais, posto aqui alguns links de dissertações defendidas na UnB que seguem esta metodologia:

 http://repositorio.unb.br/handle/10482/16232
 http://repositorio.unb.br/handle/10482/9796

Livro :
  

Dias, Belidson; Irwin, Rita L. (Org). Pesquisa Educacional Baseada em Arte: A/R/TOGRAFIA. EditoraUFSM, 2013


Tempos, lugares e ritmos...





Olá, colegas!


              O grupo composto por: Cláudia Moreira, Cristina Leite, Maria Lúcia Rosa e Mônica Leite vai observar o processo criativo do grupo: ATA (Agrupação Teatral Amacaca). 

              O grupo se reúne às segundas-feiras, das 13h às 16h, no IdA e às terças e quintas-feiras, das 16h às 18h, no Teatro Funarte, Sala Klauss Vianna.

No momento, não estão trabalhando com nenhum processo criativo específico. Há treinos que sempre são criativos e estéticos. Há experimentação e treinamento, com vistas a um possível terceiro trabalho. Portanto, não há temas nem textos previamente estabelecidos, segundo Túlio Starling, um dos componentes do grupo.




Hugo Rodas, Diretor


Para ter acesso ao blog de acompanhamento do processo, foi enviado um link ao e-mail dos colegas da turma. Aceitem o convite e façam-nos uma visita! Já há considerações sobre o primeiro ensaio observado!


texto sobre arquivos, documentação

O que observar no processo de observação

Pode ser que não esteja acontecendo nada diante de você. E você está ali vendo e ouvindo aquelas pessoas fazendo algo que parece sem qualquer definição.  E desde quando isso é nada? 
Primeiro, você não vai vazio/a para a sala de ensaios. Você se prepara, leva suas perguntas, suas informações prévias, seus equipamentos. Uma sala de ensaios não é o lugar de apresentação de um resultado. É o espaço de buscas, de testes, de experimentações, de revisões. A sucessão de encontros cria um certo ritmo, uma certa rotina, uma organização. 
Perguntas: qual é a relação entre a condução dos ensaios e os demais integrantes do processo? Há uma condução do processo? Como os integrantes do processo reagem, o que eles produzem à condução do processo? O que é produzido durante o ensaio - jogos, improvisações? Que tipo de material é esse? Há interação com objetos? Há interação entre os integrantes do processo? Há uso de sons? Quais são os estímulos ou pontos de partida para as ações durante o ensaio? Há uso da palavra na condução do processo? Há comandos, há solicitações? Como as ações são iniciadas? 
Elas começam a partir dos comandos da condução do ensaios? se não, como se dá os inícios? Há ordem, sequência entre as ações? Há sequências? Há retomada de materiais anteriores? Há retomada de materiais produzidos durante o ensaio?
Como se organiza o ensaio? Há um momento preliminar? COmo é este momento preliminar? Há outros momentos distinguíveis?  Os ensaios são registrado? Há uma equipe nos ensaios? Há pessoas diferentes das que performam ou os atores/atrizes fazem um pouco de tudo?  Há uso de vídeos? Há a consciência de montagem, no sentido de eles pensarem como isso que eles fazem será visto por alguém?  Como se interligam os conceitos, as propostas, as ideias do projeto de montagem nas ações desenvolvidas durante os ensaios? Quanto tempo dura os ensaios? Quando tempo dedicado a cada uma das partes do ensaio? Qual é a ênfase do ensaio - discutir a proposta, improvisos, exploração de ações físicas?


Ou seja, a ida a um ensaio é igual a início da pintura de quadro ou a de visitar um lugar que você não conhece totalmente.


Ou seja, a ida a um ensaio é igual a início da pintura de quadro ou a de visitar um lugar que você não conhece totalmente.
Abra seus sentidos. Observe e observe-se. Se nada estiver acontecendo é talvez por quê aquilo que está diante de você não está correspondendo às suas expectativas.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Material de pesquisa para Bárbara







Vídeo gravado no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, como parte do projeto "Memória dos Brasileiros", desenvolvido pelo Museu da Pessoa.


baixar ebooks Unesp

Check list

Veja como seu grupo está:

1-encontro do grupo para levantar possibilidades de grupos de observação.Contatos iniciais com os grupos. Decisão.
2- Estabelecimento do grupo de observação. Levantamento dos dados iniciais.
3-Primeira visita ao grupo de observação. Início das observações in loco. Primeiros registros
4- Encontro do grupo para discutir os primeiros registros e elaboração do blog e primeiras postagens
5- Primeira postagem no blog.
e assim segue: novas observações in loco, novas reuniões para analisar material coletado, e novas postagens.

programação do mini curso sobre Foulcault aqui no PPG-CEN

Veja  cartaz:


segunda-feira, 28 de setembro de 2015

O processo criativo de Zé Regino e seu grupo.



Queridos colegas!

Gostaríamos de convidá-los para conhecer o nosso blog: 

Somos Caísa Tibúrcio, Camila Sant'Anna, Denise Munhoz e Nando Villardo. 
  Estamos observando um processo colaborativo do espetáculo "Domingo sem Chuva" de Zé Regino e o seu  grupo Celeiro das Antas -  o espetáculo  ainda  se encontra nas "costuras" das cenas, verificação dos figurinos, tempo de duração, ritmo, cortes de cenas etc.

Na quinta-feira (24/09), estivemos no ensaio.
 Zé Regino nos recebeu de forma afetuosa, mandou um abraço para Marcus Mota, e nos deu uma entrevista bem divertida. 
Registramos tudo, com a aprovação dele.

Na sexta-feira (26/09) fomos ao Gama no Centro de Ensino Médio 03 para assistir uma apresentação-laboratório, uma prática comum do grupo, onde eles gostam de  dialogar com a comunidade, e a partir desses debates, fazem as mudanças necessárias para a cena.

Antes de estrearem definitivamente, farão o mesmo processo em outras 3 cidades: São Sebastião, Ceilândia e Taguatinga.

Os ensaios ocorrem 2 vezes por semana (terças e quintas) na sala Conchita de Moraes da Faculdade Dulcina de Moraes.
Vamos contar tudo no nosso blog!
Passem por lá! 
Obs: Por temos que manter o blog como privado, vocês serão convidados para serem nossos leitores.

domingo, 27 de setembro de 2015

funcionamento de grupos e blogs

Pela minha experiência, há uma tendência a encarar o trabalho em sala de aula e o trabalho do professor como a coisa mais importante em uma relação de ensino e aprendizagem.
Mas em pesquisas de pós graduação e com o método aqui desenvolvido, a questão é a autonomia construída do pesquisador a partir do enfrentamento de situações concretas.
Ou seja, é preciso parar de pensar como aluno, e pensar como pesquisador/artista.
O que estou querendo dizer com isso? Se todo o seu trabalho ou ligação com a disciplina ficar restrito ao dia e horário de encontro com o professor e com as falas do professor, as coisas não vão funcionar.
Há atos intransferíveis e sujeitos ao tempo: um dia a menos, é um dia que se foi. Para começar a ter ritmo, não basta fazer coisas de uma vez só. É preciso todo dia ir fazendo algo, mesmo que pequeno, para daí dar grandes passos.
Então imagine:" ah, não vai ter encontro presencial com o professor. Então não tenho o que fazer". Ou "vai ter encontro presencial com o professor na quarta, faço tudo na terça".
Conscientemente ninguém diria isso. Mas no inconsciente as coisas trabalham assim: é a velha tendência à inércia. Pois o que não é meu, não é meu objeto de pesquisa, ou não foi proposto por mim, ou não é do jeito que eu quero -  não me interessa.  A tendência à inércia é justificar a não-ação.
Quem trabalha com pesquisa se vê o tempo inteiro assediado por essa negação improdutiva.
Pois, por incrível que pareça, quando há liberdade ou possibilidades abertas, o caminha mais atrativo é o da dispersão.
É incrível como nossa razão trabalha contra nós mesmos. É incrível como ser inteligente pode tornar-se um instinto para minimizar investimentos cognitivos e participativos.
Como é difícil lutar contra si mesmo...

PPG Artes Cênicas UNB

Fique por dentro das noticias da Pós Graduação em Artes Cênicas da UNB! Curta a nossa página: https://www.facebook.com/PPG-CEN-Programa-de-P%C3%B3s-gradua%C3%A7%C3%A3o-em-Artes-C%C3%AAnicas-1454443524883921/timeline/

Dois primeiros blogs de observação foram abertos

O interessante é cada um começar a ir nos outros blogs para, por processo de constraste, observar o que os outros estão fazendo. Aprendizagem dentro de uma comunidade recepcional. 

LIMPAR TODA FORMATAÇÃO

Para que não apareça aquelas tarjas horríveis, que andam incomodando a todos, siga os passos:

1. Copie o texto da internet para o word
2.Selecione todo texto
3.Clik em Página Incial
4. Limpar toda formatação.


 

Palestra Christine Greiner


Chamada para Publicação Revista VIS - PPG Artes UNB

Chamada para publicação na Revista VIS
Revista do Programa de Pós-Graduação em Arte. ISSN: 1518-5494
Prezados colegas do PPG-Arte/UnB.
É com prazer que abrimos a chamada para submissão de textos para a Revista VIS.
O Programa de Pós-Graduação em Arte da Universidade de Brasília publica há mais de uma década a revista VIS. A publicação nasceu atendendo a principal característica da formação do Programa de Pós-Graduação: a interação das áreas de artes visuais, artes cênicas e design. Além de pesquisadores destas áreas, a publicação é prestigiada por educadores, historiadores, filósofos e sociólogos.
Atualmente a revista passa pela alteração de sua política de visibilidade. A partir da primeira edição de 2014 a revista está disponível no sitehttp://periodicos.unb.br/index.php/revistavis, com textos em português, inglês, espanhol e francês.
Publicaremos textos submetidos de mestres e doutores em fluxo contínuo/temática livre.
Além de artigos, a revista publicará resenhas (incluindo aquelas submetidas por mestrandos), traduções e entrevistas.
Todos os trabalhos serão avaliados por especialistas.
Agenda de publicação:
Edição nº1, vol.14 (I/2015): outubro de 2015.
Edição nº2, vol.14 (II/2015): março de 2016: submissão aberta.
Edição nº1, vol.15 (I/2016): junho de 2016: submissão aberta.
As normas e outras informações para a submissão podem ser encontradas no site da revista:http://periodicos.unb.br/index.php/revistavis/index
Att.,
Emerson Dionisio

Revista VIS: Revista do Programa de Pós-graduação em Arte. ISSN: 1518-5494
OBSERVAR OS LUGARES SEM...

Blog de acompanhamento do exercício de observação de processo criativo do espetáculo OS LUGARES SEM..., do coreógrafo Marcos Buiati. Este grupo de observação é formado por Bárbara Benatti, Édi Oliveira, Jessiara Menezes e Maria Villar. 

Para acompanhar o material desta observação favor se inscrever no blog http://observaroslugaressem.blogspot.com.br/ . Por enquanto o blog está aberto, mas em breve, quando começarmos a postar material fotográfico ou videográfico, vamos fechá-lo para acesso exclusivo aos membros do grupo e da disciplina, de modo a preservar o processo criativo do projeto observado. Desse modo, pedimos que os colegas da turma se inscrevam no blog, seguindo os meios propostos pelo blogspot. 

Obrigado.

sábado, 26 de setembro de 2015

Observação Para Mahal

Nosso grupo escolheu observar o coletivo Tombado no processo criativo do espetáculo Para Mahal, dirigido por Márcio Menezes. A montagem é em cima da obra Tu Não Te Moves de Ti, de Hilda Hist e conta com os atores: Camila Guerra, Alexandra Medeiros, Tatiana Ramos, Mateus Ferrari, André Reis e André Araújo.

Os ensaios acontecem no Sigma da asa norte às segundas, terças e quintas entre 19h e 23h.

Já marcamos a nossa primeira observação para terça-feira, dia 29/09. 

Nossas impressões e observações serão registradas no blog: www.observaparamahal.blogspot.com

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

livros de M. Bakhtin

será que é bom?

SEMANA QUE VEM ENCONTRO DOS GRUPOS

Seguindo nosso calendário,  para o mês de outubro temos o seguinte:


1-dia 30 de setembro:  dia todo reservado para o encontro dos grupos,  para planejar o blog e distribuir atividades entre os membros do grupo. Já devem ter escolhido o processo criativo que será alvo de observação. Postar neste blog geral da disciplina as informações básicas: nome do processo criativo, horários de ensaio, material de ponto de partida para o processo criativo.
2- dia 07 de outubro:  encontro em sala de aula para analisar a primeira fase do processo de observação dos grupos . Apresentar já os blogs em funcionamento.
3-  dia 14 de outubro : novo dia dedicado totalmente ao encontro dos grupos
4- dia 21 de outubro: Encontro com Gilberto Icle, a partir das 16:00. Entre 14:00 - 15:50, tempo para os grupos
5-dia 28 de outubro: Avaliação do primeiro mês de atividades do grupo. Cada grupo vai apresentar seu material até agora produzido. E tudo será discutido em sala de aula.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Hugo Rodas

Entrei em contato com o Hugo e tudo certo.
Entrem em contato com ele para ver os horários. telL 33071224.

-Mônica Leite, Claudia Moreira, Maria Luica Rosa, Cristina Leite.



quarta-feira, 23 de setembro de 2015

livro fundamental

HUTCHEON, L. Uma Teoria da adaptação. Editora da UFSC, 2011.

blogs e processo criativo

Uma das consequências mais importantes do uso de blogs para acompanhamento de processos criativos é o fato de cada integrante do grupo de observação se tornar um editor de conteúdo desse blog. Para esta função, deixamos para trás a prática habitual de apenas passar adiante material alheio, como fazemos no facebook. No lugar de uma postura informal, temos agora relações de ensino e aprendizagem.
Tudo o que você for postar no blog de acompanhamento você vai produzir: textos e vídeos.  No lugar de repassar material alheio, você vai produzir um material que será fonte para outras pessoas.
Voltando a nossa relação com livros: no lugar de passar adiante textos de outros, você começa a produzir seus próprios textos. 

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

sobre bakhtin

O livro que há algumas aulas me referi é
Cultura popular na Idade Média e no Renascimento: O contexto de François Rabelais.
São Paulo: Hucitec, 2010.

Bourdieu e a arte

A Sociologia da Cultura proposta por P. Bourdieu tem tratado de diversas questões de contextualização e problematização do fazer artístico.

Eis alguns links:

 http://revistacult.uol.com.br/home/2010/03/hierarquias-da-cultura/

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092004000300005

http://www.ifch.unicamp.br/ojs/index.php/rhs/article/viewFile/166/158


O melhor livro é  As regras da arte. São Paulo: Companhia das Letras,1996.

Para baixar livros e artigos sobre P. Bourdieu: https://colunastortas.wordpress.com/2015/08/03/pierre-bourdieu-download/


O que estão pesquisando sobre circo por aí?

A partir da provocação desta matéria, resolvi fazer uma busca sobre o que andam pesquisando sobre circo por aí. Achei algumas coisas bem interessantes - algumas que eu já conhecia e outras não.

A Funarte tem uma linha de apoio de projetos exclusiva para circo e, até ano passado, tinha uma exclusiva para pesquisa em circo que, infelizmente, foi extinta esse ano. Uma das pérolas surgidas a partir deste programa de apoio foi o portal Circonteúdo, que reúne notícias e publicação sobre o circo.

É uma ótima plataforma. Lá conseguimos ter acesso a entrevistas, dissertações e teses, publicações, artigos e livros na íntegra em pdf. Um ótimo lugar para começar a fuçar. Já li muita coisa por ali, porém sem um direcionamento para pesquisa. Dando uma olhada mais criteriosa percebi que tudo o que encontrei na minha pesquisa bibliográfica está lá, ou seja, o site parece encurtar os caminhos para a pesquisa sobre circo.

Uma das partes mais interessantes, ao meu ver, é a linha do tempo da história do circo. Como o site é capitaneado pela Ermínia Silva, uma historiadora filha de circenses que tem uma pesquisa muito representativa sobre a história do circo, a linha do tempo é muito rica, cheia de imagens e registros. Mesmo quem não tem interesse pelo circo pode dar uma olhada como exemplo de como a linha do tempo pode ser uma ótima ferramenta acadêmica. 

Outro site que encontrei, mas daí é internacional, é o Hors Le Murs .  Ele é francês mas tem uma seção em inglês. É o site dessa associação de pesquisa do circo e das artes de rua que tem de tudo um pouco: desde anúncios de empregos, oficinas e residências artísticas, dossiers sobre assuntos direcionados ao circo como segurança, produção cultural, etc a um centro de documentação. Infelizmente nem todo material está disponível online, mas a associação mantem um centro de documentação para pesquisa teórica localizado em Paris. Além de promover jornadas de formação, convocatória para projetos internacionais, eles também colaboram com a pesquisa prática e também teórica a partir de chamadas pra projetos e parcerias com algumas instituições.

Eles mantém uma revista muito bonita e representativa de temas contemporâneos no circo chamada Sttrada  e mais algumas obras, em co-edição.

Enfim, espero que minha busca também seja interessante pra vocês!

Edital Rumos Itaú Cultural 2015

Olá!

Pensando em buscar financiamento para sua pesquisa ou trabalho artístico? Saiu o edital do Rumos Itaú Cultural 2015. As inscrições vão até novembro.

Mais detalhes no link:
https://rumositaucultural.org.br/como-funciona

domingo, 20 de setembro de 2015

diálogo com outros pesquisadores e outros ppgs

Para melhor redimensionamento de sua pesquisa, é fundamental ir para congressos, simpósios, etc. Assim você se expõe expondo seu trabalho, conhecendo o trabalho dos outros, sendo pelos outros conhecido.
A base disso é:
1- sua pesquisa está em desenvolvimento, aberta a redefinições, a trocas.
2- há pessoas em outros lugares fazendo coisas assemelhadas a você, no que se refere ou ao objeto de pesquisa ou à metodologia.
3- em um PPG nunca você vai encontrar todas as possiblidades de pesquisa. Pois o conhecimento é translocal.
4- nem você nem seu orientador dominam completamente objeto e metodologias  de forma final e absoluta. O que resta a você é o caráter terminativo da pesquisa: estabelecer limites e tomar decisões.

Assim sendo,  sem que isso se torne uma muleta ou aporia inútil, o diálogo com outros pesquisadores e outros grupos de pesquisa é fundamental.

Bom dia , 

As inscrições para as oficinas em 2016 do Lume Teatro estão abertas.  No site: http://www.lumeteatro.com.br/inscricoes
Também estão abertas as inscrição de resumos para possível apresentação no V Simpósio Reflexões Cênicas Contemporâneas
 a ser realizado entre 22 a 25 de fevereiro de 2016.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

outras databases

Seminário de Pesquisas em Andamento USP

 No link abaixo você encontra informações e materiais do seminário.
Alguns de nós alunos da primeira entrada do curso foram lá apresentar suas pesquisas. daqui a um ano algum de vocês vai lá.
Cliquem na seção Textos de apoio para as discussões  para acesso a textos discutidos lá.





Seminário de Pesquisas em Andamento

sobre o objeto de observação

O processo criativo que vocês escolherem para ser estudado nos próximos meses pode ser de qualquer modalidade: dança, teatro, dança-teatro, teatro-dança, teatro de animação, musical, teatro infantil, teatro para bebês, "manifestações circences", comédia, tragédia, tragicomédia, palhaçaria, e assim vai.

O que importa ter em mente é que estamos dentro de um mestrado em artes cênicas. Então a ênfase é na materialidade do processo criativo, que se expressa nos atos e decisões durante o processo criativo e nas ideias e propostas impulsionadoras que se transformam durante os ensaios.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

para a próximo encontro dia 23


No Próximo encontro cada grupo vai trazer as opções de grupo de observação discutidas. E, se possível, já sua escolha. Então vai apresentar inicialmente este grupo de observação.
O que é importante apresentar:
1- nome do grupo ou do processo criativo
2- componentes
3-lugar e horário dos ensaios
4- informações preliminares sobre o grupo ou sobre o processo criativo. (se o grupo já é constituído e qual sua experiência. Se o texto escolhido é tal.
5- Apresentar as razões de vocês escolherem tal grupo de observação.

Como vocês podem escolher por grupos que estão ensaiando na Universidade durante o horário das aulas ou vocês podem querer usar parte do horário de nossos encontros para vocês se encontrarem, teremos algumas possibilidades: o encontro do dia 30 de setembro será todo dedicado a organização do trabalho de observação por parte de vocês. O espaço será livre para esta finalidade. Não teremos aula formal e sim o encontro dos grupos.  No dia 21 de outubro o Gilberto Icle, da Revista Brasileira de Presença, vai estar conosco. Ele vai usar uma parte de nosso encontro. A outra fica reservada para os encontros entre os grupos. Durante os outros, vamos traçar uma dinâmica de encontros com foco nessa possibilidades dos grupos se encontrarem individualmente e depois apresentarem seu material para todos.


quarta-feira, 16 de setembro de 2015

exercício em processos criativos

Como vimos, a questão é estabecer um conjunto de procedimentos básicos para observação, registro e análise de processos criativos.

Temos quatro grupos:

1- Edi Oliveira, Jessiara Menezes, Bárbara Benatti, Maria Villar,
2-Rogério Rodrigues, Roberto Freitas, Julia Henning, Jamila Gontijo.
3-Caísa TIbúrcio, Denise Munhoz, Nando Villardo, Camilla de Sant'Anna.
4-Mônica Leite, Claudia Moreira, Maria Luica Rosa, Cristina Leite.

1- ATIVIDADES DE PRÉ-PRODUÇÃO
Levantar procesossos criativos que estejam em andamento e concicidam com o tempo da observação (outubro/novembro)
2- Como os integrantes dos grupos não vão propor seus projetos para observação em seus grupos, eles podem propor para os demais. Assim, basta fazer uma postagem informando o nome do grupo ou do processo criativo, quando e onde ele se reúne.
3- Depois de feita a escolha do grupo/processo criativo que vai ser observado, escrever uma carta solicitando  autorização para observar o processo criativo como parte da disciplina Metodologia de Pesquisa em Artes Cênicas.
4- Claro que tudo isso é antecidido por contatos informais, por conversas para ver a possibilidade. A carta é posterior a esses contatos. Por exemplo: O Nando Villardo está encenando alguma coisa. Como ele não pode colocar este processo objeto de observação para seu grupo, ele posta as informações e contatos daquilo que está encenando. Os membros do grupo entram em contato com o grupo do Nando Villardo e as coisas são acertadas verbalmente, discutidas antes de ir para o papel. Daí se faz o documento escrito. Deixar claro que serão feitas entrevistas, fotos e filmagem do processo. Isso normalmente se faz em diálogo com o diretor. Algumas vezes o diretor (ou os atores)pode pedir que algo não se registre.
5- Escolhido o objeto de investigação, temos um primeiro momento de familiarização com o processo: quando e onde ele acontece, que pessoas, que grupo é esse, se esse grupo tem uma história documentada. Se a peça partir de um texto, estudar este texto e uma bibliografia anexa a ele. Ver as fontes desse processo criativo, seus materiais, suas técnicas, sua produção, suas condições materiais.
6-Abertura de um blog de acompanhamento do processo criativo escolhido.
Esse será tanto o seu diário de bordo audiovisual editado quanto o canal de diálogo do seu grupo com os outros da nossa disciplina
7- Registro e documentação dos ensaios.  Compreender a organização dos ensaios, suas rotinas, suas partes constitutivas. Fazer um mapeamento das decisões criativas, o seja, mudanças relevantes na orientação da atuação, na materialidade da cena, na revisão das fontes ( Por exemplo: o ponto de partida é um texto, o qual depois para por uma revisão ou reescritura). Como teremos dois meses, 8 semanas, teremos um bom material para isso
8- Análise dos registros. Ter a preocupação de não apenas registrar coisas, de não ficar acumulando materias sem voltar a eles.  Atualização recorrente do blog então.

Para tanto:
1- fazer uma primeira reunião do grupo e pensar em tarefas e sua organização. Criar uma dinâmica do grupo: que filma, que cuida do blog, quem escreve. São funções que todos podem participar.




CAIRN - Plataforma de revistas acadêmicas francesas


Também há essa plataforma maravilhosa que reúne em rede várias revistas científicas francesas, de todas as áreas. Basta clicar palavras-chave ligadas aos seus objetos que ela propõe inúmeras publicações onde encontrar artigos afins com as palavras lançadas ... tem muita coisa boa. Bom proveito!


http://www.cairn.info/
GALLICA - Acervo gratuito da Bibliotèque Nationale de France

Colegas, para aqueles que se viram no francês, indico essa plataforma da Bibliotèque Nationale de France, a Gallica, onde se pode ter acesso ao acervo imenso da biblioteca: textos, imagens, mapas, etc.. Há muita coisa que se pode baixar gratuitamente, integral ou parcialmente, normalmente é gratuito o que já entrou em domínio público, mas também há coisas que é preciso comprar. É só pesquisar bem que se encontra material gratuito e muito interessante. Deem uma fuçada buscando coisas ligadas às suas pesquisas e vejam o que aparece. Desfrutem.


http://gallica.bnf.fr/?lang=PT
Análise da Revista Brasileira de Estudos da Presença
e da Revista CENA  -  Grupo 4

O grupo se debruçou sobre o estudo de cada edição dos periódicos citados acima, observando  suas sequências cronológicas, suas formas de organização em seções, seus temas dominantes e suas singularidades. O uso de tabelas foi escolhido para explicitar alguns dos dados levantados.

 REVISTA BRASILEIRA DE ESTUDOS DA PRESENÇA

Ligada à Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a Revista Brasileira de Estudos da Presença tem perfil definido pela finalidade de divulgação de pesquisas artístico-científicas no campo das Artes Cênicas e nas áreas de interface que dão sustentação e mantém diálogo com as diferentes linguagens e os múltiplos contextos das artes e ciências do espetáculo vivo, em especial, a Educação, a Antropologia, a Filosofia e a História. O que permite encontrar, em seus sumários, uma pluralidade de temas que ampliam o leque de abordagens teóricas e de pesquisa sobre as artes cênicas. Porém, apesar desse espectro amplo de temáticas possíveis, a linha editorial da revista preserva uma coerência em suas edições ao determinar a ideia de “Presença” como guia de sua linha editorial, e ao organizar os artigos que publica em sessões de temáticas e abordagens definidas, o que faz com que todos os textos circundem um tema principal pré-definido. Para textos, sempre em menor número, cujos assuntos não mantém contato direto com a temática central definida para as edições, a revista abre a sessão Outros Temas, ausente em poucas das edições analisadas.
Dentro dessa linha editorial seguida pela revista, busca-se apresentar ao leitor um arsenal de textos sobre temas, teorias e metodologias que primam pela inovação e se situam em um contexto contemporâneo, embora também haja espaço para textos já consagrados de artistas e pesquisadores conhecidos pelos interessados nos temas-perfil da revista. É o caso de dossiês e textos dedicados, por exemplo,  a Jerzy Grotowski e a François Delsarte.
A revista publica, preferencialmente, textos resultantes de estudos teóricos, experimentações práticas, pesquisas, reflexões e debates polêmicos e atuais, oferecendo ao leitor trabalhos em português e também em espanhol (em algumas publicações), de pesquisadores nacionais e estrangeiros.

Periodicidade
A periodicidade da revista é quadrimestral, no entanto, a publicação foi semestral em seus dois primeiros anos de existência – 2011 e 2012, com edições lançadas em janeiro e junho. A partir de 2013 até o presente ano, 2015, a revista passou a ter tiragem quadrimestral, com edições lançadas em janeiro, maio e setembro. Até o final de 2015, a revista terá alcançado 13 publicações.

Organização
2011
Edição n°1 (janeiro/junho)
Edição n°2 (julho/dezembro)
– Sumário
– Sumário
– Editorial
– Editorial
– Estudos da Presença
– Estudos da Presença
– Outros temas
– Outros temas

2012
Edição n°1 (janeiro/junho)
Edição n°2 (julho/dezembro)
– Sumário
– Sumário
– Editorial
– Editorial
– Etnocenologia e Educação
– A pedagogia de François Delsarte
– Documentos de artistas
– Documentos de artistas
– Outros temas
– Usina do trabalho do ator, 20 anos

– Outros temas

2013
Edição n°1 (janeiro/abril)
Edição n°2 (maio/agosto)
Edição n°3 (setembro/dezembro)
– Sumario
– Sumario
– Sumario
– Editorial
– Editorial
– Editorial
– Dossiê Grotowski
– Genética teatral
– Teatro pós-dramático na Argentina
– Resenhas
– Outros temas
– Outros temas

2014
Edição n°1 (janeiro/abril)
Edição n°2 (maio/agosto)
Edição n°3 (setembro/dezembro)
– Sumário
– Sumário
– Sumário
– Editorial
– Editorial
– Editorial
– Poéticas e Políticas de Performance
– Teatro e Neurociências
– Gordon Craig
– Outros temas
– Outros temas
– Outros temas


– Entrevista

2015
Edição n°1 (janeiro/abril)
Edição n°2 (maio/agosto)
Edição n°3 (setembro/dezembro)
– Sumário
– Sumário
– Sumário
– Editorial
– Editorial
– Editorial
– Epistemologias da Somática
– Teatro e Educação
– Pesquisa em Artes Cênicas
– Técnicas, Métodos e Abordagens Somáticas
– Outros temas
– Outros temas
– Somática, Poética e Educação


– Outros temas




Descrição/ Temas Dominantes

2011 Nas duas edições do primeiro ano de existência da revista, os artigos publicados giravam em torno da questão que dá nome à mesma, ou seja, os textos publicados na sessão Estudos da Presença, tratavam, cada um dentro de um viés específico (corporeidade, pesquisa, improvisação, etc.),  da PRESENÇA nos contextos teatrais, da performance, da etnocenologia e da dança.
Os artigos que tratavam de assuntos não direcionados para essa questão, eram publicados, em ambas as edições, na sessão Outros temas, onde textos giravam em torno do tema EDUCAÇÃO. Não há, portanto, nestas duas saídas da revista, assuntos discrepantes, que fogem do perfil temático escolhido para elas.

2012 –  Já nas duas edições de 2012 as revistas têm, claramente, sumários que apontam para temáticas  que não seguem uma continuidade temática.
A primeira edição apresenta artigos que discorrem sobre aspectos ligados à Etnocenologia como temática principal, na sessão Etnocenologia e Educação. E nas sessões Documentos de artistas e Outros temas, os artigos são orientados pelo espectro temático que define o perfil da revista, tratando de temas como arte, educação, narrativas, investigações cênicas.
A segunda edição fecha como tema  A pedagogia de François Delsarte, tema a partir do qual se organizam artigos que investigam os aspectos pedagógicos, estéticos e filosóficos do sistema Delsarte em contato com o teatro e a dança. Há, ainda, a sessão Documentos de artistas, na qual a revista publica fragmentos de manuscritos de Delsarte, onde ele reflete sobre o trabalho técnico do cantor, sobre a questão da inspiração e sobre questões relacionadas à sua pedagogia. Nestas edições também são publicados artigos sobre os 20 anos da Usina do trabalho do ator. E na sessão Outros temas, seguindo o perfil editorial da revista, é dado lugar a três artigos cujas temáticas não estão instrinsecamente relacionas aos temas das sessões anteriores.

2013 –  Neste ano a revista passa do formato de publicação semestral para quadrimestral. Respeitando sua linha editorial que abarca pesquisas ligadas às artes cênicas e suas interfaces, as três publicações de 2013 priorizam, em suas sessões principais, artigos relativos ao teatro.
Na primeira edição há toda uma sessão, o Dossiê Grotowski, com 17 artigos dedicados ao diretor polonês Jerzy Grotowski, além de uma sessão de resenhas com 5 livros, também sobre  o diretor polonês, resenhados. É a primeira publicação da revista que abre uma sessão dedicada a  resenhas no seu sumário.
A segunda edição permanece priorizando o teatro como assunto, ao publicar 10 artigos que apresentam a questão da Genética teatral  e sua correlação com a encenação, a performatividade, o registro  e os rastros de trabalhos teatrais. Na sessão Outros temas  o teatro permanece como foco, porém há um artigo dedicado à companhia Lia Rodrigues Cia. de dança.
A terceira edição de 2013 dedica-se ao Teatro pós-dramático argentino, que nomeia a sessão principal, constituída de 12 artigos, dos quais 11 escritos em espanhol, em sua totalidade por pesquisadores estrangeiros, e 1 em português. A sessão Outros temas, com 3 artigos, permanece abordando o teatro como tema, mas já fora da questão da pós-dramaticidade.

2014 - Nas duas primeiras edições desse ano os artigos publicados giram em torno de análise de performances e estudos sobre o mesmo tema, sendo que a segunda publicação se voltou especificamente para artigos que tem como tema as diversas práticas da performance atreladas aos diversos campos da neurociência, apresentando, portanto, uma abordagem interdisciplinar.
Na sessão Outros Temas, de ambas as publicações, os temas variaram desde um artigo sobre uma dissertação que tem como objeto de estudo os circos mambembes nas décadas de 50 até 70, até artigos relacionados ao tema Educação,Teatro e Esportes, não se encontrado, portanto, totalmente relacionados com os temas principais de cada uma das publicações.
A última publicação tem como tema principal o encenador inglês Gordon Craig, razão pela qual os artigos ali publicados investigam sua obra, tais como livros e peças teatrais, bem como sua relação com o teatro hindu e suas influências em seu trabalho.
Na sessão Outros temas, os textos giravam em torno do tema Educação, Dança e Performance, seguindo a maioria dos temas principais abordados pela revista em quase todas as suas publicações, por fim, há ainda uma entrevista com dois performers e pesquisadores, SaraPanamby e Filipe Espíndola.

2015 – Na primeira publicação a revista trouxe a temática da Presença e sua relação com o universo da Educação Somática, diferentemente das outras publicações, esta foi organizada na forma de um Dossiê, apresentando, portanto, três sessões sobre o tema da Somática.
Tendo em vista que a revista tem como escopo apresentar temas relacionados à prática teatral a partir de uma visão interdisciplinar, nesta edição a preocupação foi apresentar artigos que abordassem a noção de soma e sua representação no âmbito das artes. Não houve, nesta edição, a sessão Outros temas.
Na segunda publicação a revista voltou ao seu formato original, com sumário, editorial, um tema principal, que abordou a relação Teatro e Educação, com artigos sobre a importância do teatro na formação de crianças e jovens. Na sessão Outros temas os textos giraram em torno do treinamento para ator, apresentando um artigo específico sobre o trabalho de Boal e Stanislaviski.
Por fim, a ultima publicação voltou a apresentar artigos diversos sobre Pesquisa em Artes Cênicas, tendo como base debates sobre o ato de investigar/pesquisar, e diversos métodos pedagógicos de se fazer pesquisa, na sessão Outros temas, como de costume, apresentou trabalhos relacionados ao estudo da performance, bem como artigos sobre Pedagogia teatral, que se encontram relacionados ao tema principal dessa última publicação.


Revista CENA

A revista Cena é vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Nela encontramos publicações de textos inéditos no Brasil sobre diversos temas das artes cênicas com enfoque na cena contemporânea. Sob a forma de artigos, ensaios, críticas, atualizações bibliográficas, resenhas de livros e entrevistas, sua proposta é divulgar a produção intelectual de artistas, professores e pesquisadores brasileiros e estrangeiros.  Possui uma política de acesso livre, ou seja, disponibiliza gratuita e imediatamente todo o seu conteúdo. 

Periodicidade
Em 19 de abril do ano de 2000, é lançada a revista Cena, juntamente com a primeira edição do Curso de Especialização Teoria do Teatro: Cena Contemporânea na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Em 2005, encerrada a terceira edição deste curso, alguns professores se unem para iniciar a implantação do mestrado na mesma universidade. No ano seguinte a Capes/Mec  aprova o programa de Pós- Graduação e o número 5 da Revista Cena é publicado.
Em seu site, não consta suas primeiras edições, do número 1 ao 4 (publicações de seus primeiros anos de existência, antes da fundação do mestrado na UFRGS). Foram feitas pesquisas em sites de busca pela internet, enviamos e-mails para o Programa de Pós- Graduação de Artes Cênicas da UFRGS, telefonamos, mas até este momento, não conseguimos ter acesso àquelas edições do periódico. Desta forma, esta pesquisa se situa entre as publicações de número 5 ao  16 .
A revista é publicada em 2006 e retorna em 2008, mantendo-se anual até o ano de 2010. A partir de 2011, ela anuncia em seu Editorial Cena n. 10 que passará a ter periodicidade semestral. Assim acontece até sua última edição, a número 16, em 2014.

Organização

Nº DA
EDIÇÃO

DOSSIÊ

ARTIGOS
ENTRE
VISTAS

MEMORIA
CO
NEXÔES
EXTRA-DOSSIÊ

ENSAIO









2006
05
-
8
1
61¹
-
-
-
2008
06
-
5
-
-
3
-
-
2009
07
-
5
-
-
2
-
-
2010
08
-
6
-
-
3
-
-
2011 - 1
09
X
8
-
-
1
1
-
2011 - 2
10
-
6
-
-
2
-
-
2012 - 1
11
X
6
1
-
3
-
-
2012 - 2
12
X
6
2
-
1
2
-
2013 - 1
13
-
4
2
-
2
-
-
2013 - 2
14
X
4
-
-
3
-
-
2014 - 1
15
-
6
1
-
3
-
-
2014 - 2
16
X
6
1
-
2
-
1









TOTAIS
12
05
70
08
61
25
3
1
1 - Projetos de graduação em licenciatura e bacharelado em artes cênicas de 2003 a 2006 / UFRGS.

Descrição/ Temas Dominantes
2006 -  A Introdução com texto afetivo escrito por Marta Isaacsson abre esta edição que é a primeira ligada ao Programa de Pós- Graduação em Artes Cênicas da UFRGS. Dos cinco artigos, dois tratam do teatro gaúcho, a única entrevista foi feita com a antiga professora Maria Lúcia Raymundo da UFRGS e a seção Memória divulga 61 trabalhos feitos entre os anos de 2003 à 2006 dos alunos de Licenciatura e Bacharelado da mesma universidade.
2008 - Revista dos anos de 2007 e 2008. Aqui inicia-se a seção Conexões, dedicada a publicação de artigos de pesquisadores e/ou artistas estrangeiros acerca da cena contemporânea como Jean- Pierre Ryngaert,  presente nesta edição.
2009 - Neste ano, a revista ganha editoração digital, preservando, entretanto, sua publicação no formato em papel. Os textos tratam em sua maioria da cena contemporânea, sendo um deles sobre a história do teatro na Bahia e outro presta uma homenagem a Augusto Boal, que faleceu naquele ano.
2010 -  Reflexões sobre a cena contemporânea é por onde percorre a maioria dos artigos através de uma pluralidade de temas como ficção e realidade, cultura pop, juventude e performance.
2011 1 - Dossiê "Dança em Desdobramentos". Na seção Extradossiê, o artigo "Considerações acerca do fazer teatral contemporâneo" de Aline de Mello Sanfelici, trata de problemas da apropriação do texto para o palco.
2011 2 - A palavra Teatralidade aparece em três dos oito trabalhos presentes nesta edição. A entrevista  com o pesquisador Jorge Dubatti dicorre sobre o teatro e as novas tecnologias e as novas formas de interação humana que caracterizam a experiência contemporânea.
2012 1 -  Dossiê Micro-Historias do Teatro.
2012 2 - Dossiê Artes Cênicas e Educação: diálogos contemporâneos. Dois artigos Extradossiê: um trata do teatro colonial brasileiro e o outro investiga uma encenação dirigida por Celso Nunes em 1972,  momento em que vigorava a ditadura militar brasileira.
2013 1 - A dança e suas relações com o teatro e a performance é o tema dominante nesta edição.
2013 2 - Dossiê Cyber Corpo, Hiper Corpo, Corpo Vulnerável: modalidades de presença na cena contemporânea. Tendo como um de seus trabalhos uma texto em espanhol que tratou sobre a representação artística da relação entre corpo e violência.
2014 1 - Três artigo sobre teatro pós-dramático e realismo. Três artigos que abordam a dança sob vários aspectos e uma entrevista com Rodrigo Pederneiras, coreógrafo do Grupo Corpo. Dentre os três trabalhos da seção Conexões, dois versaram sobre o teatro e o cinema na Argentina.
2014 2 - Dossiê Práticas da Palavra. De Shakespeare à performatividade da palavra no teatro contemporâneo brasileiro.

Ao longo das análises um dado chamou a atenção, dentre os (as) 72 autores (as) que colaboraram com as edições de 2012 a 2014, somente 6 tiveram mais de um trabalho publicado, em número máximo de 2, sendo que, dentre estes, 3 autores tiveram 1 trabalho individual mais 1 em conjunto com outros autores; um deles teve 2 trabalhos na seção de conexões, na mesma edição e; um deles conseguiu publicar uma tradução (seção de conexões) mais 1 artigo em conjunto com outra pessoa, em edições diferentes.

A análise destas revistas, e de seus tópicos específicos, além de aflorar textos que poderão ser utilizados como referências, para novos textos/pesquisas, dá vazão a outros questionamentos, tal como: qual o lugar das culturas indígena e africana na presença/cena contemporânea brasileira? dentre outros.

Camila de Sant'Anna
Claudia Moreira
Edi Oliveira
Roberto Freitas