terça-feira, 1 de setembro de 2015

tipos de leitura/tipos de texto/tipos de fontes documentais

Com isso chegamos em algo importante para o pesquisador, nesse primeiro momento de discussão de técnicas de pesquisa bibliográfica:
textos possuem diversas tradições, diversas formas de organização, diversos formatos. Com isso, vemos que é impossível um teoria geral dos textos. Sendo assim, resta-nos a especificidade dos textos em seus contextos de produção.  Logo, se não há uma teoria geral dos textos, não há uma teoria geral da leitura. A partir disso, assim como há diversos tipos de textos, temos diversos tipos de leitura. Perceber essas diferenças e saber proceder em cada caso pertence à nossa formação de leitores. Lemos diferentemente em diversas situações. Assim, se eu leio um poema de Mallarmé na minha casa, tomando um suco e vendo tv, é diferente de eu ler esse mesmo texto e produzir um artigo.
Ou seja, até o mesmo texto tem sua leitura alterada em função daquilo que se demanda dele.
Como leitores de teses e dissertações, vemos que lemos teses e dissertações e artigos para produzir teses, dissertações e artigos. Eu não preciso de teses, dissertações e artigos para ler um poema de Mallarmé em minha casa tomando um suco de uva e vendo televisão. Mas há milhares de teses, dissertações e artigos sobre Mallarmé e seu poema. A passagem de um leitor a outro é uma questão de oportunidade, decisão e meta. Ao passar de um modo de leitura a outro há modificações no meu status de leitor. Eu vou ler diferentemente. E o texto de Mallarmé se torna um outro texto. 

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