domingo, 27 de setembro de 2015

funcionamento de grupos e blogs

Pela minha experiência, há uma tendência a encarar o trabalho em sala de aula e o trabalho do professor como a coisa mais importante em uma relação de ensino e aprendizagem.
Mas em pesquisas de pós graduação e com o método aqui desenvolvido, a questão é a autonomia construída do pesquisador a partir do enfrentamento de situações concretas.
Ou seja, é preciso parar de pensar como aluno, e pensar como pesquisador/artista.
O que estou querendo dizer com isso? Se todo o seu trabalho ou ligação com a disciplina ficar restrito ao dia e horário de encontro com o professor e com as falas do professor, as coisas não vão funcionar.
Há atos intransferíveis e sujeitos ao tempo: um dia a menos, é um dia que se foi. Para começar a ter ritmo, não basta fazer coisas de uma vez só. É preciso todo dia ir fazendo algo, mesmo que pequeno, para daí dar grandes passos.
Então imagine:" ah, não vai ter encontro presencial com o professor. Então não tenho o que fazer". Ou "vai ter encontro presencial com o professor na quarta, faço tudo na terça".
Conscientemente ninguém diria isso. Mas no inconsciente as coisas trabalham assim: é a velha tendência à inércia. Pois o que não é meu, não é meu objeto de pesquisa, ou não foi proposto por mim, ou não é do jeito que eu quero -  não me interessa.  A tendência à inércia é justificar a não-ação.
Quem trabalha com pesquisa se vê o tempo inteiro assediado por essa negação improdutiva.
Pois, por incrível que pareça, quando há liberdade ou possibilidades abertas, o caminha mais atrativo é o da dispersão.
É incrível como nossa razão trabalha contra nós mesmos. É incrível como ser inteligente pode tornar-se um instinto para minimizar investimentos cognitivos e participativos.
Como é difícil lutar contra si mesmo...

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