domingo, 16 de agosto de 2015

Apresentação Jamila Gontijo Piffer

Sou jornalista e artista multimídia e se por um lado essas duas vertentes de atuação têm muito em comum, muitas vezes a formação em jornalismo (Bacharelado em Comunicação Social – Uniceub, 2005) me distancia do fazer artístico (Bacharelado em Artes Plásticas – IdA –UnB, 2001) e vice-versa. 
Registro fotográfico: Quilombolas protestam na Praça dos 3 Poderes (2012)


Da série "Passageiro" - Fotografia Jamila Piffer (2014)

Ainda não defini se o papel que me cabe é o de registrar os fragmentos de realidade com um viés intelectual ou se devo mergulhar na subjetividade do fazer artístico e deixar que a minha produção artística seja o canal de diálogo com o mundo. Transito nessas duas dimensões e nos últimos anos tenho feito um esforço para integrar esses campos, o que resultou em uma plataforma online www.triloconsultoria.com onde há espaço para reflexões sobre comunicação, cultura e política - a combinação desses elementos me faz pensar que eles compõem uma tríade indissolúvel na sociedade da informação.

Como jornalista, fui repórter de política para canais de TV e também assessora de comunicação produzindo conteúdo multimídia ou promovendo planejamento estratégico para órgãos do governo federal, como o Ministério da Cultura e das Comunicações e para algumas entidades internacionais.

Nas artes plásticas adotei a fotografia como forma de expressão e fiz algumas experiências em audiovisual, como o mini-doc A Cor doJazz. Meu TCC foi sobre a migração da fotografia analógica para a digital e o impacto dessa mudança na representação da natureza. A noção do sublime em Kant foi um dos conceitos que trabalhei nessa monografia.

Exposição Museu da República, mini-doc A Cor do Jazz (2010)
O conhecimento em artes visuais sempre me auxiliou nos trabalhos de jornalismo, apesar dos conflitos que pude vivenciar nas diferentes abordagens entre o “realismo” jornalístico – sempre em busca de fatos e de reunir informações para  divulgar os acontecimentos – e a  busca estética do campo das artes para entender, retratar, negar ou representar a contemporaneidade. 



Apresentação de Tribal no Festival Medieval 2013
Dentro do campo das artes, acumulo maior bagagem na dança e na música. Atualmente, estou concentrada em aprimorar minhas pesquisas em danças étnicas, especificamente as danças orientais, um estilo também conhecido como Tribal Fusion – um termo que abarca as manifestações contemporâneas da dança do ventre, com fusões de flamenco, dança indiana, break ou qualquer outra linguagem de dança – todas são bem-vindas. 

Espetáculo OSH, Sala Martins Penna, Teatro Nacional



Entre as experiências de palco, tive oportunidade de produziu e coreografar o espetáculo cênico-musical da Udyiana Bandha (FUNARTE 2004), além de criar e dirigir o grupo NATARAJA (2000), que resultou no espetáculo OSH  - uma fusão de dança do ventre, flamenco  e forró.

Banda Antique
No momento, além de realizar trabalhos solo em dança Tribal,  integro o grupo musical Antique, de música antiga com influência oriental, no qual sou cantora e também uso a performance em dança.

Projeto de Pesquisa
Ingressei no Mestrado em Artes Cênicas na linha de pesquisa “Processos Composicionais para Cena”, com o projeto O VENTRE PÓS-MODERNO E SUA MATRIZ PÉLVICA: UM ESTUDO DO MOVIMENTO NAS DANÇAS ORIENTAIS CONTEMPORÂNEAS.  Minha proposta é pesquisar, sob a ótica da metodologia acadêmica, a matriz dos movimentos pélvicos nas chamadas danças orientais contemporâneas, aqui entendidas como as vertentes pós-modernas que surgiram nos Estados Unidos por volta dos anos de 1960 e atualmente são chamadas de Tribal Fusion

Com foco no estudo do movimento, pretendo utilizar o método de Rudolph Laban para mapear os movimentos estruturantes da dança oriental, em busca de um “discurso do movimento”. O cruzamento da linguagem da dança do ventre com os movimentos contemporâneos e de contracultura me parece uma fusão extremamente rica e pouco explorada academicamente. Por outro lado, pretendo abordar questões como orientalismo (na acepção de Edward Said), pós-modernidade e corporalidade aproximando-me de teóricos como David Le Breton e Terry Eagleton (After Theory, 2003).


Formação Artística
Desde 2011 realiza pesquisas e performances em Tribal Fusion, depois de estudar dança do ventre no Instituto  de Cultura Árabe (ICAB/Brasília - 1997) e em diversos workshops em danças étnicas no Brasil (1998 a 2011) e Estados Unidos (1999), além de balé clássico (técnicas russa e Royal - de 1999 a 2014). Estudou musicalização e canto na Escola de Música de Brasília e no Departamento de Música da UnB (Canto Lírico 1).

Estudou pintura no Art Students League – Nova York (1995) e fez o Curso de montagem de cinema (2010) ministrado no Museu da República, em parceria com o Instituto Francês Le Fresnoy, Studio Nationale dês Arts Contemporains.

Promove workshops de dança oriental, onde reúne técnicas de dança do ventre, Tribal, balé e yoga.



Um comentário:

  1. Parabéns, pela versatilidade, Jamila! Seu objeto capta bem esse intercruzamento de culturas e interesses. Bom curso!

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